sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
07 Set - Dia da Pátria - Proclamação da Independência do Brasil
D. Pedro I (1822).
7 de setembro, dia da Independência do Brasil, é a mais conhecida e celebrada data nacional.
Está associada à proclamação feita, em 1822, pelo príncipe D. Pedro, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, acontecimento que teria assinalado o rompimento definitivo dos laços coloniais e políticos com Portugal.
Entretanto, o episódio do Ipiranga não teve repercussão no momento em que ocorreu, pois a separação do Reino europeu não era uma decisão consensualmente aceita pelos diferentes segmentos da sociedade na época.
Tanto o delineamento do Império e da monarquia constitucional quanto o reconhecimento da data de 7 de setembro como marco da história da nação brasileira foram resultado de complexo processo de lutas políticas que tiveram lugar no Rio de Janeiro e nas demais províncias do Brasil durante a primeira metade do século XIX.
Após 1860, a data começou a ganhar importância no calendário de comemorações oficiais do Império, período em que também foram erguidos monumentos em homenagem à fundação da nacionalidade.
Em 1862, foi inaugurada a estátua equestre de D. Pedro I na atual Praça Tiradentes, na cidade do Rio de Janeiro, em honra aos quarenta anos da Independência e à Carta Constitucional de 1824.
Entre 1885 e 1890, realizaram-se, na cidade de São Paulo, as obras de construção do Monumento do Ipiranga, palácio de feições renascentistas, edificado no suposto local do famoso “grito”, e que após a proclamação da República passou a abrigar o Museu Paulista, popularmente conhecido como Museu do Ipiranga. Especialmente para ornamentar esse edifício, Pedro Américo confeccionou, entre 1886 e 1888, o painel Independência ou Morte, imagem emblemática do 7 de setembro.
Com a organização do regime republicano, esse dia passou a figurar como a mais significativa data da história brasileira, sendo festejada anualmente com desfiles militares e outras manifestações.
Essas tradições celebrativas se consolidaram em 1922, por ocasião do Centenário da Independência, momento em que foi oficialmente instituído o Hino Nacional cantado até hoje.
(Trecho do texto de Cecília Salles Oliveira, extraído da obra Dicionário de datas da História do Brasil, organizado por Circe Bittencourt e publicado pela editora Contexto – acervo C Doc Ex)
Postado por MARCELO ROBERTO FERREIRA às 07:42
terça-feira, 28 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
DUQUE DE CAXIAS
Muito já se disse a respeito do Duque de Caxias. Entretanto, traços humanos personalíssimos e aspectos singulares da edificante existência do ínclito Soldado merecem ser rememorados. Assim, apresentaremos alguns registros, dignos de nota, relativos ao Homem - Caxias; à sua audácia nos campos de batalha; ao resgate de sua memória e às principais homenagens que lhe foram tributadas.Tal é o objetivo dessas despretensiosas achegas, alinhavadas em apertada e incompleta síntese.
O Homem - Caxias
a. Luiz Alves de Lima e Silva pautou a sua vida pela inteireza de caráter, arrojo, acendrado patriotismo, fervorosa religiosidade e inexcedível exação no cumprimento do dever.
Caxias possuía estatura acima da média para a sua época (quando trasladado, em 1949, para o Panteão em frente ao Ministério da Guerra, no Rio de Janeiro, na Ata de Exumação constou que o esqueleto media 1,72m); de compleição atarracada, ombros largos, olhos castanhos, cabelos castanho-alourados, tez clara e rosada, voz suave, sisudo, garboso, austero, de hábitos morigerados, rigorosíssimo no cumprimento do dever, porém humano, saudável, apesar de padecer de uma malária contraída no Maranhão, que lhe causava a inchação do fígado; era orgulhoso de sua formação militar, corajoso, determinado, sedizente fatalista, o que também explica a sua invulgar temeridade, maçon dedicado, pai extremoso e “cristão de fé robusta”.
b. O Coronel José de Lima Carneiro da Silva, neto de Caxias, entrevistado, aos 83 anos, pela revista “Nação Armada” (n° 23, Out 1941), disse em certo trecho da entrevista: “O Duque, após o passamento da Duquesa, jamais tirou o luto, mesmo em casa. Era, entretanto, alegre e se alimentava bem, preferindo à mesa, pratos da culinária gaúcha. Apesar de fluminense, o Rio Grande do Sul era a sua menina dos olhos. A toda hora falava das suas coisas, dos seus homens e tinha mesmo um certo sotaque de riograndense do sul. A música encantava-o, como velhas mazurcas e valsas, tocadas ao piano por sua comadre Maria José, que ele ouvia em silêncio, fumando grandes e perfumados charutos. Era um inveterado fumante de charutos, consumindo vários por dia.”
c. Caxias trouxe do Paraguai, três cavalos: “Moleque”, “Douradilho” e “Aedo”. Um dos biógrafos do Duque, o Dr.Vilhena de Moraes, nos dá conta da seguinte reminiscência: “Ao fogoso “Douradilho”, da ponte de Itororó, Caxias, já velho e enfermo, costumava melhorar a ração na data do aniversário daquele combate (6 de dezembro)”...
d. Quando da concessão da anistia aos vencidos, ao término da Revolução Farroupilha, aflorou, sobejamente, o sentimento de generosidade do “Pacificador”. Ele concedeu a liberdade aos cativos farroupilhas, incorporando os que assim desejassem ao Exército Imperial, e tratou com extrema bondade os derrotados, sendo escolhido, pelos próprios gaúchos, para Presidente da Província e por eles indicado para Senador pelo RGS. Não apenas por isso, o saudoso jornalista e acadêmico Barbosa Lima Sobrinho, concedeu-lhe a notável honorificência de “Patrono da Anistia” e o eminente historiador militar, Coronel Cláudio Moreira Bento, o cognominou de “Pioneiro Abolicionista”.
e. Ainda com referência à grandeza de espírito de Caxias, observe-se, em seu Testamento, como está expressa uma de suas vontades: “Declaro que deixo ao meu criado Luiz Alves, quatrocentos mil réis e toda a roupa de meu uso”. Diga-se que esse criado era um índio que ele trouxera, ainda jovem, do Maranhão, após a Balaiada, adotando-o e dando-lhe o próprio nome; ressalte-se que ele foi a primeira pessoa lembrada, no dito Testamento, no qual, somente ao depois, são mencionados familiares e amigos íntimos do venerando Marechal...
f. Seria despiciendo falar-se do exacerbado patriotismo do Duque de Caxias. Mas gostaríamos de encerrar essas breves considerações atinentes à figura humana desse exponencial personagem de nossa História, relembrando um trecho de uma carta por ele escrita ao Visconde do Rio Branco, ao tempo da “Questão Christie”, de dolorosa memória, e que bem evidencia o seu acrisolado amor ao Brasil: “Não se pode ser súdito de nação fraca. Tenho vontade de quebrar a minha espada quando não me pode servir para desafrontar o meu País, de um insulto tão atroz”.
A audácia de Caxias nos campos de batalha
a. A intrepidez de Caxias revelou-se em inúmeros episódios, nos quais o intimorato Comandante não se furtou a correr o “risco calculado”. A sorte, entretanto, sempre o acompanhou nos momentos de alta periculosidade. É que ele “tinha estrela”, tanto que a “grande estrela de Caxias” apareceu com fulgurante brilho, nos céus do Rio Grande do Sul, quando de uma de suas ofensivas noturnas contra os farroupilhas (era, na realidade, o cometa “Brilhante”), a respeito da qual dizia Caxias, em tom zombeteiro, mas alimentando, com sagacidade, a crendice popular em torno de sua pessoa: “É, eu nasci na Vila de Estrela, no Rio de Janeiro”...
b. Caxias era, de fato, extremamente arrojado, como se pode constatar em várias oportunidades de seu historial castrense, desde Tenente a General. Extraordinária foi a sua valentia na Guerra da Independência e na Campanha da Cisplatina, tendo o jovem Tenente e Capitão recebido encomiásticas referências por sua coragem e desprendimento. Saliente-se, outrossim, a sua ousadia, quando do combate de Santa Luzia (MG); no reconhecimento, em 1852, do porto de Buenos Aires e, máxime, na Guerra do Paraguai. Quando do maior conflito bélico de que participamos, o Generalíssimo executou audaciosas manobras como a de envolvimento e cerco, em conjunto com a Marinha, e que redundou na queda da “inexpugnável” Fortaleza de Humaitá; como a “marcha de flanco” empreendida pelos nossos três Corpos de Exército através de uma estrada, de cerca de 11 km, construída sobre o Grão-Chaco e as operações da “Dezembrada”, no começo das quais se travou a memorável batalha de Itororó. No fragor dessa refrega, o Marquês de Caxias, aos 65 anos de idade, parte em direção à ponte sobre o arroio Itororó, sabre em punho e a galope de carga, após bradar: “Sigam-me os que forem brasileiros!” (consigne-se que o marcial apelo do Comandante-em-Chefe era tão-somente anímico, ao sentimento de brasilidade, posto que apenas tropas brasileiras participaram da batalha).
O memorável resgate da memória do Duque
a. Quando da trasladação dos restos mortais de Caxias e de sua esposa, em 25 de agosto de 1949, para o “Pantheon Militar”, defronte ao hoje Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, ocorreu um fato histórico singular, muito pouco lembrado, infelizmente. É que, naquela data, se deu o definitivo resgate da memória do Duque de Caxias, que tantos e tamanhos serviços prestara à Pátria Brasileira, na paz e na guerra. Mas tal resgate foi apenas um magnífico epílogo de um justo desagravo e da recuperação da imagem do Duque, o que já vinha ocorrendo, especialmente a partir de 1923, como adiante faremos referência.
b. Caxias morreu, no ano de 1880, triste e magoado. A tristeza se devia ao falecimento, em 1874, de sua amantíssima esposa, tendo ele usado luto completo, desde então até morrer, seis anos depois. Três pungentes mágoas o afligiram no final da vida e diziam respeito ao Imperador, à Maçonaria e à Igreja Católica.
O Duque encontrava-se agastado com o Imperador, desde quando concedera, com a relutância de D. Pedro II, em 1875, a anistia aos Bispos de Pernambuco e do Pará, solucionando, de forma magnânima, a chamada “questão religiosa”. Após o retorno de uma longa viagem à Europa, o Monarca destituiu o Gabinete Conservador, presidido por Caxias, nomeando um outro, com membros do Partido Liberal. O velho Soldado, assaz desgostoso, recolheu-se à Fazenda Santa Mônica, de propriedade de uma de suas filhas, onde viria a falecer, em 8 de maio de 1880, afastando-se, definitivamente, da vida pública.
O Decreto de anistia aos Bispos, nunca foi aceito pela Maçonaria. O Visconde do Rio Branco, Grão-Mestre da Ordem, solicitou demissão do Conselho de Ministros, a fim de não assinar o dito Decreto, rompendo com o seu grande amigo Caxias, “Irmão que se tornou altamente impopular entre os da Arte Real”, pelo que o Marechal deixou de freqüentá-la.
Ademais, a Igreja Católica exigiu que o Duque, provecto e doente, cumprisse os ditames de uma bula papal e abjurasse a Maçonaria. Como ele não obedeceu àquela determinação religiosa, foi expulso, por ser “maçon pestilento”, da Irmandade da Cruz dos Militares, da qual fôra Provedor...
Acrescente-se que a figura de Caxias, desde os últimos anos da Monarquia, vinha sofrendo duras críticas, desferidas por profitentes do Positivismo. Os positivistas, que tiveram decisiva participação na proclamação da República, eram pacifistas e, por isso, menosprezavam os gloriosos feitos marciais do Império, dos quais o nosso “Soldado-Maior” foi o expoente máximo.
c. Porém, naquele agosto de 1949, toda a Nação Brasileira reparou as injustiças e ingratidões perpetradas contra o Duque, quando do traslado de seus despojos e os da Duquesa. A histórica Solenidade cívico-militar, presidida pelo Presidente da República, Marechal Eurico Gaspar Dutra, revestiu-se de superlativo brilhantismo, sendo o presidente da Comissão de Trasladação, o Dr. Nereu Ramos, Vice-Presidente da República, que era um fiel maçon. Membros da Família Imperial Brasileira e o Marechal Rondon, tradicional positivista, estiveram presentes à cerimônia, que se encerrou com um monumental desfile militar. Aduza-se que a Igreja Católica velou os restos mortais de Caxias e os de dona Ana Luíza, na Igreja da Irmandade da Cruz dos Militares, que o havia expulso, em 1876, sendo concelebrada uma Missa por 18 Bispos e Arcebispos, de todos os rincões brasileiros, presenciada pelo Cardeal do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara. E mais: houve um dobre de sinos, em todas as igrejas católicas do Brasil, na hora da trasladação....
Destarte, em 25 de agosto de 1949, ocorreu, de fato, uma memorável reparação histórica da altaneira imagem de um dos maiores filhos desta Pátria, o Duque de Caxias.
Principais homenagens tributadas a Caxias
a. Caxias, “Nume Tutelar da Nacionalidae”, foi tudo! Marechal do Exército, Conselheiro de Estado e da Guerra, Barão, Conde, Marquês, Duque, Presidente e Pacificador de Províncias, Senador (pelo RS), Deputado (pelo Maranhão, eleito, mas não empossado), três vezes Ministro da Guerra e três vezes Presidente do Conselho de Ministros! E o Brasil soube reconhecer os beneméritos serviços por ele prestados à Pátria – “nossa Mãe-Comum”. Por esses “brasis” existem incontáveis monumentos, logradouros públicos, escolas, etc, que ostentam o augusto nome do maior vulto militar da História do Brasil. Dentre essas honrarias, sobrelevam-se as denominações de duas importantes cidades: a de “Duque de Caxias”, no Rio de Janeiro, e “Caxias do Sul”, no Rio Grande do Sul (diga-se, por ilustrativo, que a cidade de Caxias, no Maranhão, onde o então Coronel Luiz Alves venceu o último foco dos rebeldes, quando da “Balaiada”, deu origem ao seu primeiro título nobiliárquico – o de Barão de Caxias).
b. Caxias foi instituído, no ano das festividades do duocentenário de seu nascimento, mediante a Lei n° 10.641, de 28 Jan 2003, “Herói da Pátria”. Por isso, o nome do Herói foi inscrito no “Livro dos Heróis da Pátria” (é um grande livro de aço que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília), por ocasião de bela cerimônia ocorrida em frente ao Quartel-General do Exército, na Capital Federal.
c. No Exército Brasileiro, a impoluta memória de Caxias começou a ser reabilitada de um semi-anonimato (ao qual foi relegada pelo sectarismo positivista-republicano), em 1923, pelo Ministro da Guerra, General Setembrino de Carvalho. Ele instituiu, pelo Aviso n° 443, de 25 de agosto de 1923, a “Festa de Caxias”. Posteriormente, por meio do Aviso n° 366, de 11 de agosto de 1925, o mesmo Ministro criou o “Dia do Soldado”, também a ser comemorado na data natalícia do Duque. Naquele ano de 1925, sob o influxo das diretrizes do Ministro da Guerra, a Turma de Aspirantes-a-Oficial da Escola Militar do Realengo escolheu a denominação histórica de “Turma Duque de Caxias” (aliás, a Turma de 1962, da Academia Militar das Agulhas Negras, à qual pertence o atual Comandante do Exército, General de Exército Enzo Martins Peri, também ostenta, com muita ufania, a denominação de “Turma Duque de Caxias”).
Outro momento histórico de grande relevância no enaltecimento de Caxias, pela Força Terrestre, se deu por ocasião do comando do então Coronel José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, na Escola Militar do Realengo (1931/4). Este militar, de elevadíssimos méritos, implantou, naquela Escola, várias místicas alusivas a nosso glorioso passado, sendo as maiores delas a instituição do título de “Cadete”, para os então alunos da Escola, e a criação do espadim, réplica do invencível sabre do “Condestável do Império’ e “Unificador da Pátria”.
O Duque de Caxias foi proclamado “Patrono do Exército”, consoante o Decreto n° 51.429, de 13 de março de 1962.
O glorioso e invicto Exército do qual ele é Patrono, possui as seguintes Organizações Militares que exibem o seu venerável nome, com indescritível orgulho, em suas denominações históricas: “Forte Duque de Caxias”, no Rio de Janeiro (RJ); “Batalhão Barão de Caxias”, que é o 24° Batalhão de Caçadores, de São Luís (MA); “Grupo Conde de Caxias”, que é o 3° Grupo de Artilharia Antiaéreo, de Caxias do Sul (RS); “Companhia Praça Forte de Caxias”, que é a 13ª Companhia de Comunicações, de São Gabriel (RS) e o “Batalhão Duque de Caxias”, que é o Batalhão da Guarda Presidencial, de Brasília (DF).
Conclusão
Impende lembrar, por derradeiro, neste breve escorço referente a aspectos pouco lembrados da mui grandiosa gesta e da personalidade do Duque de Caxias, de que certa e recerta é a intemporalidade das inúmeras lições que ele nos legou!
Finalmente, desejaríamos trazer à lembrança, como corolário de tudo o que até aqui foi expendido, uma expressão, - “caxias” -, cunhada pelo saudoso e emérito sociólogo Gilberto Freyre, que bem retrata o caráter adamantino e as peregrinas virtudes de nosso insigne “Soldado e Pacificador”. Tal expressão, uma metáfora caída na consagração popular, bem caracteriza aqueles que cumprem, integral e rigorosamente, os seus deveres. Disse Gilberto Freyre: “Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas, comuns a militares e civis. Os “caxias” devem ser tanto paisanos como militares. O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares. É o Brasil inteiro que precisa dele”...
Autor: Manoel Soriano Neto, Cel Ref, Historiador Militar, ex-Chefe do CDocEx.
Enviado por: Adagilmário
sábado, 25 de agosto de 2012
DIA DO SOLDADO BRASILEIRO - DUQUE DE CAXIAS
BIOGRAFIA
Marechal de Exército- Luís Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias - Patrono do Exército Brasileiro (25 de agosto 1803 - 7 de maio 1880)
"Nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila de Porto de Estrela, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.
Em 22 nov 1808, assentou praça como cadete no 1º Regimento de Infantaria, ingressando, posteriormente, na Academia Real Militar.
Tenente, integrou o recém-criado Batalhão do Imperador, como ajudante, com ele recebendo o batismo de fogo, em 3 maio 1823, nas lutas pela independência na Bahia, quando pôde revelar excepcionais qualidades de iniciativa, comando, inteligência e bravura.
Com pouco mais de 20 anos, já era capitão e participou, ainda com o Batalhão do Imperador, da Campanha da Cisplatina.
Em 2 de dezembro 1839, já Coronel, passou a encarnar a auréola de Pacificador e Símbolo da Nacionalidade, ao ser nomeado Presidente da Província do Maranhão e Comandante-Geral das Forças em Operações, para debelar a "Balaiada", após o que recebeu o título de Barão de Caxias e a promoção a Brigadeiro. Entrou na História como "O Pacificador" e sufocou muitas rebeliões contra o Império.
Também pacificou São Paulo e Minas Gerais, em 1842, razão por que foi promovido a Marechal-de-Campo graduado.
Em fins de 1842, foi nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército em operações no Rio Grande do Sul, para combater a Revolução Farroupilha, que já durava 8 anos, e ao término da qual foi efetivado como Marechal-de-Campo, eleito Senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o título de Conde.
Em 1851, foi novamente nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército do Sul. Desta feita, para lutar contra Oribe, no Uruguai, e, logo a seguir, contra Rosas, na Argentina.
Vitorioso mais uma vez, foi promovido a Tenente-General e elevado à dignidade de Marquês.
Em 16 junho de 1855, foi Ministro da Guerra e, em 1856, Presidente do Conselho de Ministros, ambos pela primeira vez.
Em 10 de outubro de 1866, foi nomeado Comandante-em-Chefe das Forças do Império em operações contra as tropas do ditador Lopez do Paraguai, sendo efetivado no posto de Marechal-de-Exército, assumindo, em 10 de fevereiro de 1867, o Comando-Geral das forças em operações, em substituição ao General Mitre, da Argentina.
Segue-se uma série de retumbantes vitórias, em Itororó, Avaí e Lomas Valentinas, a rendição de Angustura e a entrada em Assunção, quando considerou encerrada a gloriosa Campanha por ele comandada. "Pelos relevantes serviços prestados na Guerra do Paraguai", o Imperador lhe concedeu, em 23 março de 1869, o título de Duque - o mais alto título de nobreza concedido pelo imperador.
Caxias foi Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros por mais duas vezes; a última de 1875 a 1878.
Faleceu na Fazenda Santa Mônica, nas proximidades do Município de Vassouras - RJ, sendo o seu corpo conduzido para o Rio e enterrado no Cemitério do Catumbi.
Hoje, os restos mortais do Patrono do Exército e os de sua esposa jazem no mausoléu defronte do Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio de Janeiro".
PARA UM GRANDE EXÉRCITO
UM GRANDE PATRONO
"Luís Alves de Lima e Silva - o Duque de Caxias é o insigne Patrono do Exército Brasileiro, que o reverencia na data de seu nascimento - 25 de agosto - "Dia do Soldado"
Caxias pacificou o Maranhão, São Paulo, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, províncias assoladas, no século passado, por graves rebeliões internas, pelo que recebeu o epíteto de "O Pacificador".
Comandou Exércitos em três campanhas externas: na mais difícil delas, quando em Lomas Valentinas, no ano de 1868, tomado de justo orgulho, bradou aos seus soldados: "O Deus dos Exércitos está conosco. Eia! Marchemos ao combate, que a vitória é certa, porque o General e amigo que vos guia, ainda, até hoje, não foi vencido!".
Caxias organizou o Exército Brasileiro, fez-se político, governou províncias e o próprio Brasil, pois foi Presidente do Conselho de Ministros por três vezes.
Não apenas por tudo isso, "O Pacificador" foi o vulto mais exponencial de seu tempo, chamando-lhe os apologistas, de "O Condestável do Império".
O saudoso e venerando jornalista Barbosa Lima Sobrinho o cognomina de "O Patrono da Anistia" e o povo brasileiro, em espontânea consagração, popularizou o vocábulo "caxias", com o qual são apelidados os que cumprem, irrestritamente, os seus deveres.
Marechal do Exército, Conselheiro de Estado e da Guerra, Generalíssimo dos Exércitos da Tríplice Aliança, Barão, Conde, Marquês, Duque, Presidente de Províncias, Senador, três vezes Ministro da Guerra, três vezes Presidente do Conselho de Ministros, o "Artífice da Unidade Nacional", eis Caxias, Patrono do glorioso e invicto Exército Brasileiro!
O inesquecível sociólogo Gilberto Freyre, no reconhecimento das excelsas virtudes do Duque de Caxias, assim se expressou:
"Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas, comuns a militares e civis. Os "caxias" devem ser tanto paisanos como militares.
O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares.
É o Brasil inteiro que precisa dele"...
“Sigam-me os que forem brasileiros”
é a célebre frase do Soldado Brasileiro,
Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, na guerra do Paraguai.
VELHO BORZEGA
Meu borzega esfolado,
dos tempos da mocidade,
de sola gasta em paradas,
nas alvoradas sem fim.
Biqueira empinada, bonita,
como cavalo de chefe,
talão comido de um lado,
de tanto se apresentar.
Quando te vejo acabado,
envelhecido de usar,
não sei porque me entristeço,
e quase me ponho a chorar.
O salto que era tão forte,
a cor preta traquejada,
não tem mais aquele garbo
do praça rijo que fui.
Te recordo meu borzega!
Como se fosse meu corpo,
batendo no chão com cadência
pros outra entusiasmar.
Velho borzega estropiado
de tanto serviço e instrução,
refletes o viver do soldado
com toda recordação.
Hoje ao te ver empoeirado,
no canto do meu porão,
não posso impedir, baixo os olhos
e me ponho a recordar.
Quando te recebi na reserva,
duro como instrutor,
eras como a nossa mocidade,
que parece não se acabar.
E agora velho borzega?
Que volto a te contemplar,
percebo, não és bem de couro
como era o meu pensar.
É que de repente me vejo
em ti, que agora não brilhas
com muito mais nitidez,
do que nos tempos de outrora.
Então entendo, borzega velho,
desmontado pelo usar
porque durante esses anos
eu evitava de te olhar.
É que me recordando o passado
dos tempos de militar,
representas um espelho,
onde envelheço ao meu olhar.
Autor: Pedro Américo Leal
Enviado por: Manoel Rubens
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
LENDAS: IARA
Portal EcoD. http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2012/agosto/tudo-que-e-inventado-deixa-de-ser-folclore-defende#ixzz24Ixk2ViK
Também conhecida como a “mãe das águas”, Iara é uma personagem do folclore brasileiro. De acordo com a lenda, de origem indígena, Iara é uma sereia (corpo de mulher da cintura para cima e de peixe da cintura para baixo) morena de cabelos negros e olhos castanhos.
A lenda conta que a linda sereia fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma atrair os homens com seu belo e irresistível canto. As vítimas costumam seguir Iara até o fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Os poucos que conseguem voltar acabam ficando loucos em função dos encantamentos da sereia. Neste caso, conta a lenda, somente um ritual realizado por um pajé (chefe religioso indígena, curandeiro) pode livrar o homem do feitiço.
Origem da personagem
Contam os índios da região amazônica que Iara era uma excelente índia guerreira. Os irmãos tinham ciúmes dela, pois o pai a elogiava muito. Certo dia, os irmãos resolveram matar Iara. Porém, ela ouviu o plano e resolveu matar os irmãos, como forma de defesa. Após ter feito isso, Iara fugiu para as matas. Porém, o pai a perseguiu e conseguiu capturá-la. Como punição, Iara foi jogada no rio Solimões (região amazônica). Os peixes que ali estavam a salvaram e, como era noite de lua cheia, ela foi transformada numa linda sereia.
Curiosidade:
- A palavra Iara é de origem indígena. Yara significa “aquela que mora na água”.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
FOLCLORE
Folclore significa conhecimento popular. Foto: Claudia Baiana - Acarajé no Rio de Janeiro
EXTRAÍDO DO Portal EcoD.
http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2012/agosto/tudo-que-e-inventado-deixa-de-ser-folclore-defende#ixzz24IwqLsXq
"Tudo que é inventado forçadamente deixa de ser folclore", defende Fernando Ferreira
No Dia do Folclore, lembrado em 22 de agosto, o que você celebra: apenas as lendas ou também as tradições? O questionamento surge em função de uma afirmação da Federação do Folclore Português (FFP), que defende a importância da distinção do conceito popular e tradicional do fato folclórico.
O presidente da FFP, Fernando Ferreira, frisou a diferença dos dois conceitos durante um evento para folcloristas, realizado no Rio de Janeiro, em 2011. "São duas coisas muito ligadas, mas uma não é igual a outra". Ele ressaltou que "tudo que é inventado forçadamente deixa de ser folclore".
Mas então... o que é o folclore?
Nada a mais, nada a menos do que "conhecimento popular", já que o termo surgiu a partir da junção de duas palavras em inglês: Folk (povo) e Lore (conhecimento), que compôs um artigo do pesquisador William Jonh Thoms, em 1846.
De acordo com a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo primeiro Congresso Brasileiro de Folclore, em 1951, o fato folclórico é constituído pelas "maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação" e pode ser percebido na alimentação, na linguagem, no artesanato, na religiosidade e nas vestimentas de uma nação.
Assim, o folclore inclui mitos, lendas, contos populares, brincadeiras, provérbios, adivinhações, orações, maldições, encantamentos, juras, xingamentos, gírias, apelidos de pessoas e de lugares, desafios, saudações, despedidas, trava-línguas, festas, encenações, artesanato, medicina popular, danças, música instrumental e canções, definiu o IBGE.
A partir das tradições e dos costumes de cada povo, surgem as lendas e os mitos, explicou o professor da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Gildeci Leite. "As narrativas [como gosta de definir as lendas] são criadas por autores coletivos de forma espontânea e traçam comportamentos dos valores de determinados grupos."
"Quem conta um conto, aumenta um ponto"
O professor salientou as diferentes maneiras de se contar uma mesma narrativa. Ele utilizou o ditado "quem conta um conto aumenta um ponto" e as diferentes culturas para justificar a causa da mudança das narrativas. O Boitatá, por exemplo, é contado de formas diferentes no Norte/Nordeste e no Sul.
A mitologia também foi considerada por Gildeci Leite como pedagógica. "As narrativas unem o maravilhoso e o pedagógico. Chama a atenção das crianças para a diversidade cultural", comentou o professor.
EXTRAÍDO DO Portal EcoD.
http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2012/agosto/tudo-que-e-inventado-deixa-de-ser-folclore-defende#ixzz24IwqLsXq
"Tudo que é inventado forçadamente deixa de ser folclore", defende Fernando Ferreira
No Dia do Folclore, lembrado em 22 de agosto, o que você celebra: apenas as lendas ou também as tradições? O questionamento surge em função de uma afirmação da Federação do Folclore Português (FFP), que defende a importância da distinção do conceito popular e tradicional do fato folclórico.
O presidente da FFP, Fernando Ferreira, frisou a diferença dos dois conceitos durante um evento para folcloristas, realizado no Rio de Janeiro, em 2011. "São duas coisas muito ligadas, mas uma não é igual a outra". Ele ressaltou que "tudo que é inventado forçadamente deixa de ser folclore".
Mas então... o que é o folclore?
Nada a mais, nada a menos do que "conhecimento popular", já que o termo surgiu a partir da junção de duas palavras em inglês: Folk (povo) e Lore (conhecimento), que compôs um artigo do pesquisador William Jonh Thoms, em 1846.
De acordo com a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo primeiro Congresso Brasileiro de Folclore, em 1951, o fato folclórico é constituído pelas "maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação" e pode ser percebido na alimentação, na linguagem, no artesanato, na religiosidade e nas vestimentas de uma nação.
Assim, o folclore inclui mitos, lendas, contos populares, brincadeiras, provérbios, adivinhações, orações, maldições, encantamentos, juras, xingamentos, gírias, apelidos de pessoas e de lugares, desafios, saudações, despedidas, trava-línguas, festas, encenações, artesanato, medicina popular, danças, música instrumental e canções, definiu o IBGE.
A partir das tradições e dos costumes de cada povo, surgem as lendas e os mitos, explicou o professor da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Gildeci Leite. "As narrativas [como gosta de definir as lendas] são criadas por autores coletivos de forma espontânea e traçam comportamentos dos valores de determinados grupos."
"Quem conta um conto, aumenta um ponto"
O professor salientou as diferentes maneiras de se contar uma mesma narrativa. Ele utilizou o ditado "quem conta um conto aumenta um ponto" e as diferentes culturas para justificar a causa da mudança das narrativas. O Boitatá, por exemplo, é contado de formas diferentes no Norte/Nordeste e no Sul.
A mitologia também foi considerada por Gildeci Leite como pedagógica. "As narrativas unem o maravilhoso e o pedagógico. Chama a atenção das crianças para a diversidade cultural", comentou o professor.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
AQUARELA
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
...Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
FRASES DE CECÍLIA MEIRELES
A arte de amar é a mesma de ser poeta.
Máquina breve
O pequeno vaga-lume
com sua verde lanterna,
que passava pela sombra
inquietando a flor e a treva
— meteoro da noite, humilde,
dos horizontes da relva;
o pequeno vaga-lume,
queimada a sua lanterna,
jaz carbonizado e triste
e qualquer brisa o carrega:
mortalha de exíguas franjas
que foi seu corpo de festa.
Parecia uma esmeralda
e é um ponto negro na pedra.
Foi luz alada, pequena
estrela em rápida seta.
Quebrou-se a máquina breve
na precipitada queda.
E o maior sábio do mundo
sabe que não a conserta.
Máquina breve
O pequeno vaga-lume
com sua verde lanterna,
que passava pela sombra
inquietando a flor e a treva
— meteoro da noite, humilde,
dos horizontes da relva;
o pequeno vaga-lume,
queimada a sua lanterna,
jaz carbonizado e triste
e qualquer brisa o carrega:
mortalha de exíguas franjas
que foi seu corpo de festa.
Parecia uma esmeralda
e é um ponto negro na pedra.
Foi luz alada, pequena
estrela em rápida seta.
Quebrou-se a máquina breve
na precipitada queda.
E o maior sábio do mundo
sabe que não a conserta.
domingo, 12 de agosto de 2012
MAIS UMA QUE FAZ O CEMAL
Hoje é o dia de falarmos de pró Joseildes, a "pró dos pequenos", como muita gente chama.
Claro, aqui estamos nós duas.
Essa foto foi tirada para esta blogagem. Pró JÔse versão 2012, mais cheinha.
Entre as crianças, numa versão mais light.
Dá pra ver que ela engordou com o tempo...
Quase uma Barbie, mas sempre ao lado das crianças. Professora exemplar, modelo pde educadora do Infantil. Um equilibrio entre maternidade e profissionalidade.
Um sorrisão... Essa foto foi em sua casa.
E aqui com Felipe, seu caçula, responsavel por umas ruguinhas novas...
Jôse, é muuito bom ter voce por perto.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
BIO-BIBLIOGRAFIA DE CECÍLIA MEIRELES
fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/ceciliameireles1bio.html
Biografia
Poetisa, professora, pedagoga e jornalista, cuja poesia lírica e altamente personalista, freqüentemente simples na forma mas contendo imagens e simbolismos complexos, deu a ela importante posição na literatura brasileira do século XX. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 07/11/1901 e veio a falecer na mesma cidade em 09/11/64. Casou-se duas vezes e deixou três filhas.
Embora vivendo sob ifluência do Modernismo, apresenta ainda em sua obra heranças do simbolismo e técnicas do classicismo, gongorismo, romantismo, parnasianismo, realismo e surrealismo, razão pela aual sua poesia é considerada intemporal.
Órfã desde tenra idade (aos 3 anos já perdera os pais e três irmãos que nem chegou a conhecer), foi criada pela avó Jacinta Garcia Benevides. Desde cedo habituou-se ao exercício da solidão, tendo precocemente desenvolvido sua consciência e sensibilidade. Começou a escrever poesia aos 9 anos de iddade. Tornou-se professora pública aos 16, destacando-se como aluna exemplar, merecendo a estima dos mestres. Dois anos depois iniciou sua carreira literária com a publicação de Espectros (1919), uma coleção de sonetos simbolistas.
A década de 20 foi uma época de revolução na literatura braisleira, mas o trabalho de Cecília naquele período mostra pouca afinidade com as tendências nacionalistas então em voga, ou com o verso livre e a linguagem coloquial. Boa parte dos críticos, inclusive, consideram suas formas mais tradicionais de poema (como sonetos) o ponto mais alto de sua obra. Com Nunca mais . . . e Poema dos Poemas (1923) adere ao Modernismo. Em 1924 sai Criança meu amor e em 1925 Baladas para El-Rei.
Entre 1925 e 1939 dedicou-se à sua carreira docente publicando vários livros infantis e fundando, em 1934 a Biblioteca Infantil do Rio de Janeiro (a primeira biblioteca infantil do país). A partir deste ano ensinou literatura brasileira em Portugal (Lisboa e Coimbra) e em 1936 foi nomeada para a UFRJ, recém-fundada.
Cecília reaparece no cenário poético após 14 anos de silêncio com Viagem (1939), considerado um marco de maturidade e individualidade na sua obra: recebeu o prêmio de poesia daquele ano da Academia Brasileira de Letras. Daí em diante dedicou-se à carreira literária, publicando regularmente até a sua morte. Vários de seus livros são inspirados nas muitas viagens que fez, viagens estas de grande significação, pois a autora extraiu do contato com gente, costumes e idiomas diferentes matéria de melhor compreensão da vida e da humanidade.
Entre os vários livros de poesia publicados após 1939 tem-se: Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Romanceiro da Inconfidência (1953), Metal Rosicler (1960), Poemas Escritos na Índia (1962), Solombra (1963) e Ou Isto ou Aquilo (temática infantil, 1964).
Escreveu também em prosa, dedicando-se a assuntos pedagógicos e folclóricos. Produziu também prosa lírica, com temas versando sobre sua infância, suas viagens e crônicas circunstanciais. Algumas de suas obras em prosa: Giroflê giroflá (1956), Escolha seu Sonho (1964) e Inéditos (crônicas - 1968).
OBRAS DE CECÍLIA (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cec%C3%ADlia_Meireles)
Criança, meu amor, 1923
Nunca mais, 1923
Poema dos Poemas, 1923
Baladas para El-Rei, 1925
Saudação à menina de Portugal, 1930
Batuque, samba e Macumba, 1933
O Espírito Vitorioso, 1935
A Festa das Letras, 1937
Viagem, 1939
Vaga Música, 1942
Poetas Novos de Portugal, 1944
Mar Absoluto, 1945
Rute e Alberto, 1945
Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1948
Retrato Natural, 1949
Problemas de Literatura Infantil, 1950
Amor em Leonoreta, 1952
Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, 1952
Romanceiro da Inconfidência, 1953
Poemas Escritos na Índia, 1953
Batuque, 1953
Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955
Pistoia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955
Panorama Folclórico de Açores, 1955
Canções, 1956
Giroflê, Giroflá, 1956
Romance de Santa Cecília, 1957
A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957
A Rosa, 1957
Obra Poética,1958
Metal Rosicler, 1960
Poemas de Israel, 1963
Antologia Poética, 1963
Solombra, 1963
Ou Isto ou Aquilo, 1964
Escolha o Seu Sonho, 1964
Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro, 1965
O Menino Atrasado, 1966
Poésie (versão francesa), 1967
Antologia Poética, 1968
Poemas Italianos, 1968
Poesias (Ou isto ou aquilo& inéditos), 1969
Flor de Poemas, 1972
Poesias Completas, 1973
Elegias, 1974
Flores e Canções, 1979
Poesia Completa, 1994
Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998
Canção da Tarde no Campo, 2001
Poesia Completa, edição do centenário, 2001, 2 vols. (Org.: Antonio Carlos Secchin. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Crônicas de educação, 2001, 5 vols. (Org.: Leodegário A. de Azevedo Filho. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Episódio Humano, 2007
Uma obra bastante particular e pouco conhecida de Cecília Meireles é o infanto-juvenil Olhinhos de Gato. Baseado na vida de Cecília, conta sua infância depois que perdeu sua mãe Matilde Benevides Meireles e como foi criada por sua avó D. Jacinta Garcia Benevides (Boquinha de Doce, no livro)
Cecília foi uma das maiores poetisas do Brasil, Raimundo Fagner que o diga. Gravou várias músicas tendo seus poemas como base. A exemplo de "Canteiros", "Motivo", e tantos outros.
Outros textos1947 - Estreia "Auto do Menino Atrasado", direção de Olga Obry e Martim Gonçalves. música de Luís Cosme; marionetes, fantoches e sombras feitos pelos alunos do curso de teatro de bonecos.
1956/1964 - Gravação de poemas por Margarida Lopes de Almeida, Jograis de São Paulo e pela autora (Rio de Janeiro - Brasil)
1965 - Gravação de poemas pelo professor Cassiano Nunes (New York - USA).
1972 - Lançamento do filme "Os inconfidentes", direção de Joaquim Pedro de Andrade, argumento baseado em trechos de "O Romanceiro da Inconfidência".
Biografia
Poetisa, professora, pedagoga e jornalista, cuja poesia lírica e altamente personalista, freqüentemente simples na forma mas contendo imagens e simbolismos complexos, deu a ela importante posição na literatura brasileira do século XX. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 07/11/1901 e veio a falecer na mesma cidade em 09/11/64. Casou-se duas vezes e deixou três filhas.
Embora vivendo sob ifluência do Modernismo, apresenta ainda em sua obra heranças do simbolismo e técnicas do classicismo, gongorismo, romantismo, parnasianismo, realismo e surrealismo, razão pela aual sua poesia é considerada intemporal.
Órfã desde tenra idade (aos 3 anos já perdera os pais e três irmãos que nem chegou a conhecer), foi criada pela avó Jacinta Garcia Benevides. Desde cedo habituou-se ao exercício da solidão, tendo precocemente desenvolvido sua consciência e sensibilidade. Começou a escrever poesia aos 9 anos de iddade. Tornou-se professora pública aos 16, destacando-se como aluna exemplar, merecendo a estima dos mestres. Dois anos depois iniciou sua carreira literária com a publicação de Espectros (1919), uma coleção de sonetos simbolistas.
A década de 20 foi uma época de revolução na literatura braisleira, mas o trabalho de Cecília naquele período mostra pouca afinidade com as tendências nacionalistas então em voga, ou com o verso livre e a linguagem coloquial. Boa parte dos críticos, inclusive, consideram suas formas mais tradicionais de poema (como sonetos) o ponto mais alto de sua obra. Com Nunca mais . . . e Poema dos Poemas (1923) adere ao Modernismo. Em 1924 sai Criança meu amor e em 1925 Baladas para El-Rei.
Entre 1925 e 1939 dedicou-se à sua carreira docente publicando vários livros infantis e fundando, em 1934 a Biblioteca Infantil do Rio de Janeiro (a primeira biblioteca infantil do país). A partir deste ano ensinou literatura brasileira em Portugal (Lisboa e Coimbra) e em 1936 foi nomeada para a UFRJ, recém-fundada.
Cecília reaparece no cenário poético após 14 anos de silêncio com Viagem (1939), considerado um marco de maturidade e individualidade na sua obra: recebeu o prêmio de poesia daquele ano da Academia Brasileira de Letras. Daí em diante dedicou-se à carreira literária, publicando regularmente até a sua morte. Vários de seus livros são inspirados nas muitas viagens que fez, viagens estas de grande significação, pois a autora extraiu do contato com gente, costumes e idiomas diferentes matéria de melhor compreensão da vida e da humanidade.
Entre os vários livros de poesia publicados após 1939 tem-se: Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Romanceiro da Inconfidência (1953), Metal Rosicler (1960), Poemas Escritos na Índia (1962), Solombra (1963) e Ou Isto ou Aquilo (temática infantil, 1964).
Escreveu também em prosa, dedicando-se a assuntos pedagógicos e folclóricos. Produziu também prosa lírica, com temas versando sobre sua infância, suas viagens e crônicas circunstanciais. Algumas de suas obras em prosa: Giroflê giroflá (1956), Escolha seu Sonho (1964) e Inéditos (crônicas - 1968).
OBRAS DE CECÍLIA (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cec%C3%ADlia_Meireles)
Criança, meu amor, 1923
Nunca mais, 1923
Poema dos Poemas, 1923
Baladas para El-Rei, 1925
Saudação à menina de Portugal, 1930
Batuque, samba e Macumba, 1933
O Espírito Vitorioso, 1935
A Festa das Letras, 1937
Viagem, 1939
Vaga Música, 1942
Poetas Novos de Portugal, 1944
Mar Absoluto, 1945
Rute e Alberto, 1945
Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1948
Retrato Natural, 1949
Problemas de Literatura Infantil, 1950
Amor em Leonoreta, 1952
Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, 1952
Romanceiro da Inconfidência, 1953
Poemas Escritos na Índia, 1953
Batuque, 1953
Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955
Pistoia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955
Panorama Folclórico de Açores, 1955
Canções, 1956
Giroflê, Giroflá, 1956
Romance de Santa Cecília, 1957
A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957
A Rosa, 1957
Obra Poética,1958
Metal Rosicler, 1960
Poemas de Israel, 1963
Antologia Poética, 1963
Solombra, 1963
Ou Isto ou Aquilo, 1964
Escolha o Seu Sonho, 1964
Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro, 1965
O Menino Atrasado, 1966
Poésie (versão francesa), 1967
Antologia Poética, 1968
Poemas Italianos, 1968
Poesias (Ou isto ou aquilo& inéditos), 1969
Flor de Poemas, 1972
Poesias Completas, 1973
Elegias, 1974
Flores e Canções, 1979
Poesia Completa, 1994
Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998
Canção da Tarde no Campo, 2001
Poesia Completa, edição do centenário, 2001, 2 vols. (Org.: Antonio Carlos Secchin. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Crônicas de educação, 2001, 5 vols. (Org.: Leodegário A. de Azevedo Filho. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Episódio Humano, 2007
Uma obra bastante particular e pouco conhecida de Cecília Meireles é o infanto-juvenil Olhinhos de Gato. Baseado na vida de Cecília, conta sua infância depois que perdeu sua mãe Matilde Benevides Meireles e como foi criada por sua avó D. Jacinta Garcia Benevides (Boquinha de Doce, no livro)
Cecília foi uma das maiores poetisas do Brasil, Raimundo Fagner que o diga. Gravou várias músicas tendo seus poemas como base. A exemplo de "Canteiros", "Motivo", e tantos outros.
Outros textos1947 - Estreia "Auto do Menino Atrasado", direção de Olga Obry e Martim Gonçalves. música de Luís Cosme; marionetes, fantoches e sombras feitos pelos alunos do curso de teatro de bonecos.
1956/1964 - Gravação de poemas por Margarida Lopes de Almeida, Jograis de São Paulo e pela autora (Rio de Janeiro - Brasil)
1965 - Gravação de poemas pelo professor Cassiano Nunes (New York - USA).
1972 - Lançamento do filme "Os inconfidentes", direção de Joaquim Pedro de Andrade, argumento baseado em trechos de "O Romanceiro da Inconfidência".
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
PESSOAS IMPORTANTES
Hoje é a vez da pro Isabel Cristina. Ela chegou quieta, tímida e firme, migrou da sala de aula para o apoio na secretaria e hoje coordena todos os projetos da escola. Costumamos dizer que nossa escola ainda é um projeto, tem muito ainda a acontecer, e sabemos que isso depende de cada um de nós. Somos responsaveis por esta escola, nós fazemos com que ela aconteça, mas ela também é muito importante para a vida de cada um de nós!
Essa foto foi tirada para essa postagem mesmo. Olha o sorriso!!
Isabel caipira em pleno São João!
Sem posar, com pró Jucilene, sua irmã.
Olha como era magrinha!!!
Quando nasceu Suelen, sua primeira filha. Vem mais por aí... breve.
Momento feliz. Escola é isso: movimento de gente, criançs sorrindo, chamando, pedindo... não há como não ser feliz (mesmo com todos os problemas do mundo!)
domingo, 5 de agosto de 2012
O MENINO AZUL - CECILIA MEIRELES
O menino azul
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
GALERA DO BEM - TURMAS DE 5º ANO CEMAL
5º ano A e B.
Duas turminhas da pesada, mas que tem avançado muito.
É isso aí, meninos! Vamos crescer em conhecimento cada vez mais!
Conmportamento também é importante, pois quem nao fica atento nao consegue assimilar!
Alexandre, Pro Joselene e Jeanderson: quase do mesmo tamanho da pró!!
Cadê a pro na foto?? Onde está Wally?
Uma paradinha para a foto...
Mas estavam todos estudando! E onde está o caderno de Evelyn????
Sério, tem gente nessa foto que contribuiu muito para os meus cabelos embranquecerem, mas eu amo!!
E a foto com pose!
Todos muito lindos!!!
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Que tal uma historinha contada? Essa contadora de histórias é muito envolvente e vai contar a aventura de um macaco que só queria c...